Apoiadores

Eu apóio a Chapa 4 - Movimento Reconstrução (Mauro & Mauch). Entrei na UFPEL como professor em 2010, apenas, mas minha história aqui é bem comprida. Me formei em 1989, quando Amilcar Gigante entrava como primeiro reitor eleito pelo voto direto. Depois, fiz meu mestrado na UFRGS e como não havia concursos (ou havia pouquíssimos) na UFPEL voltei para trabalhar na UCPEL (Católica) onde fiquei por quinze longos anos. Nesse meio tempo fiz meu doutorado na UNICAMP, com um estágio-sanduíche na UBA-Buenos Aires e finalmente, com a expansão do REUNI, fiz meu concurso para a UFPEL.
Achei que encontraria uma universidade crescida e enc ontrei; mas não encontrei uma universidade amadurecida. Assim, minha experiência em outras IES públicas tornou meu reencontro com a UFPEL chocante. Para lá das questões de estrutura e condições de trabalho (quanto a isto não dá nem para começar o debate...), as dificuldades institucionais foram aquilo que mais me causou estranheza. Onde, nas outras universidades, havia regras e critérios bem estabelecidos, aqui não havia; onde havia uma luta institucional encarniçada (que eu sempre detestei), mas travada sob regulamentos claros (ainda que muito rígidos), encontrei aqui decisões tomadas por fora dos colegiados, à revelia dos maiores interessados. Cheguei à conclusão que a UFPEL havia parado no tempo - naquele de que a elite de Pelotas tem tanta saudade: o tempo dos charqueadores e dos estancieiros.
Agora já chega. Ou a UFPEL muda, e mudando, ajuda a transformar Pelotas, ou ficaremos irremediavelmente para trás. E estou convencido que nã o adianta mudar o dono da charqueada ou o patrão da estância - é preciso que a "peonada" se dê conta... de que não existem mais charqueadas e de que não somos peões, mas somos educadores, pesquisadores, pensadores, e que se nossa profissão é pensar, devemos começar pensando coletivamente este lugar chamado UFPEL, onde somos chamados a educar, a pesquisar e a pensar, enfim... chamados a trabalhar.
Me encontrei, finalmente, quando encontrei pessoas que pensam como eu e que lutam, desde o tempo em que ainda era um estudante (eu, assim como eles), para que as coisas mudassem e não apenas de tamanho e quantidade, mas sobretudo de qualidade e de espírito.
É preciso reconstruir a UFPEL. Por isso é que eu voto Chapa 4 - Mauro & Mauch.

Antônio Cruz
Relações Internacionais/UFPEL ---
Antonio Cruz
Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)
Núcleo Interdisciplinar de Tecnologias Sociais e Economia Solidária (TECSOL)
Professor do Curso de Bacharelado em Relações Internacionais 





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Olá colegas,

Abaixo, envio uma reflexão que fiz para o 2º turno das eleições de nossa Universidade:

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A UFPel está vivendo um momento histórico em suas eleições à Reitoria. Tanto pelo processo como um todo, envolvendo as seis chapas, como pelo atual momento – do 2º turno – de disputa entre os candidatos da situação, chapa 1, e os candidatos da oposição, chapa 4. O que sugiro para todos/as os/as colegas da UFPel é uma reflexão: (é claro que todos/as sabem do meu apoio à Chapa 4, chapa Reconstrução, pelo Mauro Del Pino [Reitor] e Carlos Mauch [Vice-Reitor], mas acredito que o momento histórico que vivemos vai além deste posicionamento pessoal): a UFPel estará escolhendo, nos dias 20 e 21 de junho de 2012, que tipo de Universidade quer: se será a continuidade do trabalho que já vem sendo feito pela Reitoria atual (chapa 1), ou se quer a mudança por uma nova gestão democrática e com seus princípios já apresentados (chapa 4). Às vezes, a crença de que o voto anulado, ou o voto em branco, ou o não comparecimento nas urnas, será uma forma de criticar os atuais candidatos à Reitoria. Na verdade, penso que isto seja um argumento falacioso! Acredito que todas estas manifestações de “anulação do voto” contribuem para que a UFPel permaneça como está, pois se não se vota na chapa de oposição, está se aceitando a gestão atual, sem acreditar que é preciso mudanças. Por isso, meu pedido é de que nestas últimas semanas antes da votação, cada colega reflita bastante sobre a importância do seu voto e procure decidir que UFPel deseja para si e para todos/as. Deixo aqui o meu abraço e a torcida para que nossa Universidade possa ter a gestão que realmente merece! Jorge da Cunha Dutra
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Espero que ajude a contribuir com o posicionamento de vocês, independente da decisão que tomarem, e que o melhor para a UFPel possa acontecer!

Abraço,

Jorge



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Apoio a Chapa 4 . Luiz Carlos Rigo, Professor da ESEF/UFPel.


Nos últimos anos, em função de uma iniciativa do governo federal, todas as universidades Federais, inclusive a UFPel, tiveram uma grande expansão, criaram novos cursos, aumentaram o número de alunos, de docentes, de técnicos administrativos, ampliaram e melhoraram suas instalações, etc. A diferença é que enquanto as outras universidades fizeram isso de maneira organizada, com um planejamento construído em conjunto com a sua comunidade universitária, na UFPel isso foi feito a partir de um autoritarismo desorganizado que gerou o descontentamento da maioria dos docentes, discentes e técnicos administrativos. Além disso, temos acompanhado uma série de denúncias e processos  que vem maculando o nome da UFPel e dificultando uma maior captação de recursos para a própria instituição.

O resultado do primeiro turno expressa esse descontentamento da comunidade universitária, que pode ser visualizado pelo número expressivo de votos que tiveram as chapas que se assumiram como OPOSIÇÃO a atual administração. Agora, no segundo turno, o momento é para confirmar que a adesão a OPOSIÇÃO foi uma opção coerente e honesta. Afinal, hoje, mais do que nunca, está claro que para voltarmos a ter orgulho da nossa Universidade é imprescindível que a OPOSIÇÃO vença também no segundo turno.

   
Luiz Carlos Rigo, Professor da ESEF/UFPel

Um comentário:

  1. Meu nome é Luiz Alberto Brettas. Sou professor efetivo desta universidade desde 1992. Antes disso, tive algumas experiências trabalhando como professor dos, hoje chamados, Níveis Básicos de ensino em Porto Alegre, onde cursei meu bacharelado em matemática. Também, fui servidor da UFRGS como programador de computador em seu Centro de Processamento de Dados e trabalhei dois anos como professor substituto aqui na UFPel.
    Uma das coisas de que tenho saudade da UFRGS era a convivência com estudantes e professores de diversas áreas do conhecimento. Creio que a organização do espaço daquela universidade facilitava, sobremaneira, esta convivência. As relações que estabelecíamos quando discutíamos assuntos diversos, como música, teatro, física, biologia, etc, provocavam reflexões altamente produtivas ao desenvolvimento dos estudos em nossas áreas específicas. Aliás, hoje, sabe-se que este tipo de convivência estimula o desenvolvimento científico. Vivíamos algo análogo ao relatado por Heisenberg em seu “A parte e o todo”, em que ele descreveu parte de sua vida em contato com cientistas como Einstein, Bohr, Pauli e Sommerfeld, além de pensadores de outras áreas (defendo que a leitura desta obra é imprescindível a qualquer pesquisador hoje).
    Fica difícil imaginar a convivência de estudantes e professores de áreas diversas em uma universidade (des)organizada como a nossa. Qualquer um que tenha o mínimo de conhecimento sobre como está, hoje, estruturada a UFPel concordará comigo.
    Infelizmente, há, pelo menos, quatro gestões, esta instituição tem sido administrada pelo mesmo grupo de pessoas. O modus operandi deste grupo baseia-se na troca de favores, na ameaça, no descaso com o patrimônio público, no desrespeito aos colegas e à própria instituição onde trabalha.
    Parece-me que eu preciso lembrar, aqui, que nós, servidores da UFPel, somos pagos pela quitandeira da esquina, pelo gari, pelo bancário, pelas balconistas,... Enfim, somos Servidores Públicos! Nossos estudantes aqui estudam porque essa gente toda está pagando impostos. Isto não significa que devemos apresentar relatórios diários a todos os brasileiros. Significa, simplesmente, que devemos honrar o que recebemos deles, lidando com esta instituição como ela merece, não como se ela fosse nosso próprio “boteco”, no qual podemos decidir se incluiremos, ou não, outro tipo de bebida no cardápio.
    Com todas as dificuldades, há alguns de nós que tem conseguido desenvolver seu trabalho mesmo sem apoio da administração central, e há, claro, os que foram favorecidos por esta administração...
    Como sou um eterno otimista, acredito que chegou a hora desta instituição retomar seu caminho, reconstruindo-se como uma verdadeira Universidade. É a hora de se retirar, da Reitoria da UFPel, este grupo de bajuladores da pseudo-aristocracia falida de Pelotas.

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