PROGRAMA


1. GESTÃO DEMOCRÁTICA
Ao invés de autoritarismo, retaliação e clientelismo, queremos diálogo e construção coletiva!

É assim que se faz:

“Constituinte Universitária” soberana, que reestruture o Projeto Institucional, o Estatuto e os regramentos internos da UFPEL,  eleita democraticamente a partir das unidades e de forma tripartite (docentes, técnico-administrativos e estudantes com mesma representação).
Criação de um Conselho de Gestão (tripartite) que defina os critérios de distribuição de recursos, elabore a proposta orçamentária a ser submetida ao Conselho Universitário, fiscalize a execução do orçamento e promova a participação da comunidade nos seus processos de decisão.
Realização de audiências públicas semestrais das pró-reitorias, dirigidas à comunidade universitária, com avaliação do trabalho realizado e debate sobre o planejamento futuro.
Realização do I Congresso da Comunidade da UFPEL, com representação definida pela Constituinte Universitária, para avaliação e planejamento estratégico, projetando reavaliações regulares o projeto institucional da UFPEL a cada congresso.
Dotação de recursos específicos nos orçamentos para os cursos de graduação, com autonomia de realização de gastos.
Acesso informatizado aos documentos públicos da administração universitária.
Pontos descentralizados de atendimento administrativo com serviços específicos, especialmente DRA e DRH.
Apoio e referendo dos processos paritários (“tripartites”) ou universais para eleição dos cargos de coordenação e direção nos cursos e unidades.
Fundações de apoio: realização de auditorias; estímulo à integração e coordenação dos serviços prestados; participação dos funcionários na gestão.

2. GRADUAÇÃO
Ao invés de expansão desordenada com falta de planejamento, com pouco para poucos, queremos estrutura adequada e equidade de condições de ensino!

É assim que se faz:

PLANO DE EQUIDADE DAS CONDIÇÕES DE ENSINO – a ser construído democraticamente com a participação das unidades acadêmicas, a partir de diagnóstico comparativo dos cursos de graduação, buscando adequar de forma justa as instalações físicas, a infraestrutura acadêmica e as condições de trabalho das diversas unidades, considerando as especificidades dos cursos.
Revisão dos Projetos Pedagógicos de Curso a partir da revisão do Projeto Institucional da UFPEL, que será reestruturado pela Constituinte Universitária.
Redimensionamento da Pró-Reitoria de Graduação, com valorização e reestruturação do Setor de Estágios, para ampliar as oportunidades de experimentação das realidades profissionais durante a graduação.
Reforço e potencialização do PET (Programa de Educação Tutorial) e do PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência), bem como estímulo à adesão aos programas daqueles cursos que podem acessá-los e que ainda não o fizeram.
Debate e definição, nos conselhos superiores, de critérios objetivos para criação de novos cursos, com estabelecimento de parâmetros para infraestrutura e corpo docente mínimos.
EAD: (a) Integração dos cursos de Educação a Distância à estrutura das unidades acadêmicas; (b) garantia da qualificação dos cursos atuais e integrar as comunidades da EAD (docentes, discentes, técnico-administrativos) aos processos decisórios das unidades; (c) construção de uma estrutura específica de apoio e coordenação para a EAD na PRG.
Redimensionamento do Centro de Educação à Distância (CEAD) como Centro de Tecnologia e Informação Educacional, funcionando como unidade de apoio logístico e estratégico para o desenvolvimento de tecnologias educacionais para todos os cursos de graduação e pós da UFPEL, presenciais e a distância.
Programa de Fortalecimento das Licenciaturas, valorizando o Fórum das Licenciaturas.


3. PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA
Ao invés de sobrecarga e produtivismo, queremos qualidade, compromisso social e condições dignas de trabalho!

É assim que se faz:

Criação do Escritório de Assessoria para Projetos de Pesquisa, que dê suporte técnico à captação de recursos de pesquisa, elaboração e execução financeira e administrativa dos projetos.
Articulação das universidades da região sul do RS para incidir sobre as agências de pesquisa, visando a abertura de editais específicos para a região Sul do RS, estagnada economicamente há décadas.
Criação o Fundo de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (FAEPE), com recursos próprios e externos.
Política de pesquisa que privilegie o desenvolvimento de conhecimento técnico-científico de caráter público com propriedade social, inclusive quando desenvolvido em parceria com a iniciativa privada.
Programa de Equidade das Condições de Ensino e Pesquisa na Pós-Graduação, a exemplo do PECE-Graduação (ver “2.Graduação”).


4. EXTENSÃO
Ao invés de indefinição programática e fragmentação das ações, queremos dialogicidade com a comunidade e complementaridade dos programas! 

É assim que se faz:

Instituição do Conselho Comunitário de Extensão com ampla representatividade das comunidades da região: movimentos sociais, organizações sociais e prefeituras.
Regulamentação dos critérios de distribuição de recursos e bolsas de extensão, de forma transparente e atendendo aos critérios do Conselho Comunitário de Extensão.
Criação do Escritório de Assessoria para Projetos de Extensão, junto à PREC, que dê suporte técnico à captação de recursos de extensão, elaboração e execução financeira e administrativa dos projetos.
Reestruturação da PREC, garantindo a expansão efetiva e qualificada da extensão na UFPEL.
Reestruturação da Editora, da Gráfica e da Livraria da UFPEL, através do estabelecimento de convênios de cooperação interinstitucionais (com outras editoras universitárias), ampliando a capacidade de difusão e distribuição das publicações.
Definição de critérios de edição, com lançamento de editais de seleção para publicações.

5. ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL
Ao invés de intenções e promessas, queremos respeito e política de assistência estudantil de fato!

É assim que se faz:

Ampliação do percentual de participação dos recursos para a assistência estudantil no orçamento da UFPEL..
Definição democrática do orçamento da assistência estudantil, através do Conselho de Gestão.
Será PRIORIDADE a busca dos recursos para a construção de uma moradia estudantil no centro de Pelotas e a ampliação dos restaurantes universitários. Nossa meta será atender a recomendação do Programa Nacional de Assistência Estudantil de oferecer o equivalente a 10% das vagas da universidade, o que significaria garantir moradia estudantil para 1900 estudantes, bem como ampliar o sistema de RUs de modo a eliminar as filas.
Moradia estudantil co-gerida (gestão compartilhada) pela administração universitária e a Associação de Moradores da Casa.
Revisão dos contratos com as empresas dos RUs buscando a diminuição dos preços para R$ 2,00 a refeição (seguindo o padrão dos RUs do resto do Brasil).
RUs com opções vegetariana e vegana (de fácil implementação, segundo as próprias nutricionistas do RU).
Ampliação do PROASA com disponibilização de posto de atendimento de saúde no Campus Capão do Leão e qualificação dos seus serviços.
Buscar os recursos necessários para a criação de uma escola de educação infantil que ofereça creche e pré-escola aos filhos e filhas de docentes, técnico-administrativos e estudantes.

6. DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL
Ao invés de promessas para todos e privilégios para poucos, queremos reconhecimento e valorização!

É assim que se faz:

Exigir do MEC e MPOG vagas em concurso público para repor os técnico-administrativos que se aposentaram, que faleceram e, principalmente, para atender as novas demandas decorrentes da implantação do REUNI.
Implantação de 30h para os técnico-administrativos.
Tornar contínua a oferta de capacitação e de qualificação, buscando adequá-las tanto ao Plano de Desenvolvimento Institucional, quanto às aspirações dos servidores da UFPEL.
Adotar regras iguais para o afastamento para pós-graduação de docentes e técnico-administrativos em educação.
Oferecer cursos de pós-graduação como parte do Programa de Capacitação dos Servidores.
Consolidar a avaliação de desempenho como um instrumento objetivo de política de pessoal, que assegure o reconhecimento dos esforços comprometidos e a oferta de um serviço público de qualidade.
Possibilitar aos técnico-administrativos sua mobilidade, visando a adequação de suas competências e preferências, através de editais periódicos de remoção, que fixem regras públicas e iguais para todos, evitando apadrinhamentos ou atitudes persecutórias.
Buscar os recursos necessários para a criação de uma escola de educação infantil que ofereça creche e pré-escola aos filhos e filhas de docentes, técnico-administrativos e estudantes da UFPEL.
Criação de centros de convivência, nos campi diversos, com espaços físicos para manifestações artísticas, culturais e prática de esportes.
Universalização do acesso, para a comunidade acadêmica, às redes de internet sem fio nos diversos campi.
Adequar os espaços físicos da UFPEL aos padrões de acessibilidade para portadores de deficiência.
Criar o Colegiado de Gestão de Pessoal, com representação das categorias  e da administração, como forma de garantir a gestão compartilhada da política de pessoal.
Programas especificamente voltados para a segurança e para a qualidade de vida no trabalho.
Garantir à CIS (Comissão Interna de Supervisão) e à CPPD (Comissão Permanente de Pessoal Docente) espaço físico e equipamentos adequados ao seus funcionamentos.


7. INFRAESTRUTURA E PATRIMÔNIO
Ao invés de “inaugurações de intensões” e de “projetos para promessas”, queremos planejamento com participação, compromissos possíveis e realizações concretas.

É assim que se faz:

Criação de um Grupo de Trabalho (GT) composto de representantes indicados pelas unidades e pela Reitoria para realização de diagnóstico das instalações físicas da UFPEL: desenho urbano dos espaços abertos, edificações, estruturas internas, equipamentos, localização, acessibilidade, instalações sanitárias, potabilidade, salas de aula, bibliotecas, laboratórios, iluminação, aeração, espaços de convivência.... 
Além disso, o GT – juntamente com os Colegiados – fará um levantamento das necessidades presentes, bem como uma projeção futura para cada unidade acadêmica e administrativa da UFPEL.
O trabalho do GT (diagnóstico e projeções) vai subsidiar a construção de um Plano Diretor de Desenvolvimento Sustentável (PDDS) a ser discutido pelo Conselho de Gestão e pelo Conselho Universitário. O PDDS deverá pensar a Universidade como um espaço integrador, estimulador da interação e da expressividade, e interconectado. 
Qualificação do sistema de transporte coletivo que atende aos diversos campi da UFPEL, buscando a alternativa do passe livre para estudantes junto às municipalidades de Pelotas e Capão do Leão.
Ampliação do sistema de transporte coletivo gratuito (hoje restrito às unidades do Porto/Anglo).
Implantação de sistema cicloviário, em parceria com a Prefeitura, conectando os diversos prédios e unidades da UFPEL.
Adequação dos serviços do campus do Capão do Leão, garantindo água potável, saneamento básico e tratamento adequado dos resíduos (incluindo os resíduos químicos dos laboratórios).
A criação do Departamento de Patrimônio vinculado à Pró-Reitoria de Planejamento e composto por profissionais vinculados ao campo da conservação e preservação de bens culturais. 
Elaboração e execução de um Programa Permanente de Preservação do Patrimônio Arquitetônico, que inclua planos e profissionais dedicados especialmente à captação de recursos para financiamento do programa.

8. MOVIMENTOS SOCIAIS E SOCIEDADE
Ao invés de muros e repressão, queremos pintar a UFPEL de povo!

É assim que se faz:

Diálogo privilegiado com movimentos sociais da educação, priorizando o atendimento de suas pautas e primando pelo seu irrestrito direito à manifestação e à crítica.
Apoio e referendo dos processos de eleição paritária ou universal para a indicação dos cargos de Direção e Coordenação nas unidades acadêmicas.
Defesa da política de cotas e ações afirmativas, garantindo o amplo debate da comunidade e a realização de plebiscito(s) para definição sobre a implementação dessas políticas.
Criação do Fórum Social da UFPEL, com chamamento à participação dos movimentos feminista, LGBT, negro, de direito à moradia, à terra, à comunicação social, sindicatos de trabalhadores, associações comunitárias, representantes da agricultura familiar, entre outros, a fim de periodicamente sugerirem propostas para o ensino, a pesquisa e a extensão.
Representação dos setores populares no Conselho Diretor e no Conselho Universitário, que atualmente têm representação externa exclusiva do setor público e dos empresários.
Criação do Escritório de Desenvolvimento Regional, para a interlocução com os representantes do setor público da região, estimulando parcerias e projetos integrados.
Criação do Escritório de Relações Internacionais, integrando os órgãos e iniciativas já existentes, e constituindo um plano estratégico de inserção internacional da UFPEL.

9. ARTE E CULTURA
Ao invés de cinza e silêncio, queremos cores e vozes!

É assim que se faz:

Incentivo e apoio à promoção de projetos de extensão, pesquisa e ensino que contemplem, especialmente, as manifestações artísticas da cidade e da região.
Programação de cultura diversificada, aberta à comunidade, organizada pelos cursos de graduação e pelos núcleos de pesquisa e extensão (a exemplo do Unicultura promovido, pela UFRGS  -  Unimúsica, Unicena, Unifilme etc.).
Promoção de intercâmbio cultural e artístico com outras universidades, regiões e países.
Apoio à constituição de círculos de debates culturais, estimulando a participação da comunidade universitária e pelotense, motivando a leitura e a reflexão.
Promoção de atividades artísticas e culturais para divulgar as produções da UFPEL nestas áreas e estimular o público regional a presenciar e apreciar as expressões artísticas e culturais.
Organização e investimento na organização e captação de recursos para projetos artísticos e culturais.
Viabilização de espaços físicos para manifestações artísticas, culturais e para a prática de esportes.


10. SUSTENTABILIDADE
Ao invés de lixo e desperdício, queremos natureza e consciência ambiental!

É assim que se faz:

Implementação imediata da coleta seletiva de lixo na UFPEL, com iniciativas educativas diversificadas e massivas, e em acordo com as diretrizes da Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Tratamento adequado dos resíduos laboratoriais, especialmente no Campus Capão do Leão.
Desenvolvimento de projeto com a Prefeitura Municipal de Pelotas para a criação de ciclovias interligando os campi e prédios da UFPEL.
Disponibilização de bicicletários em todos os campi da UFPEL e melhoramento dos já existentes.
Desenvolvimento e busca de recursos para implantação de projetos de baixo custo (utilização de tecnologias sociais) para utilização da água pluvial (cisternas de captação) e da energia solar (painéis coletores).
Aplicação da quota de aquisição mínima de 30% de alimentos da agricultura familiar da região nos RUs, priorizando as organizações de produção agroecológica e viabilizando a opção de alimentação vegetariana.
Licitação para pontos de comercialização da agricultura familiar e da economia solidária, com ênfase para produtos sustentáveis, nos espaços comerciais dos prédios e campi da UFPEL.
Priorização das compras de materiais reutilizáveis, recicláveis ou de origem reciclada, inclusive para todas as unidades acadêmicas e administrativas que assim o desejarem.
Programa de promoção à adoção de software livre pela comunidade universitária.

11. COMUNICAÇÃO
Ao invés de omissão e censura, queremos informação e liberdade de expressão.

É assim que se faz:

Uso do espaço reservado à UFPEL no Canal Universitário das tevês por assinatura – hoje utilizado apenas pela Católica – através de produção telejornalística, de documentários e de outras produções dos diferentes cursos de Cinema e do Jornalismo.
Adequação da programação da Rádio Federal FM às características de emissora realmente educativa, com programas produzidos localmente, nos cursos da UFPEL relacionados à comunicação social e por outras instituições públicas que atuam na difusão educativa e cultural no Brasil. 
Plena integração da área de Comunicação Social com o Curso de Jornalismo da UFPEL, permitindo as realizações de estágios e de projetos conjuntos e o total desenvolvimento científico e tecnológico da área na Universidade.
Modernização do sítio web da Universidade, facilitando o acesso e a busca de informações.
Implementação de um boletim virtual da Universidade, com ampla difusão pelas listas eletrônicas (e-mails). 
Qualificação e ampliação do quadro de pessoal na área de Comunicação, para atender à crescente demanda interna.
Elaboração de um Plano de Comunicação para a UFPEL, construído coletivamente com todos os setores interessados (cursos e unidades administrativas vinculadas ao tema) e que defina as políticas da área a serem implementadas. 

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